MORAR MAIS
Localizado no Setor Marista, o projeto foi realizado em 2011 com área construída de 100 m² e fotos de Edgard Cesar.
 
O desafio do arquiteto, para compor a Sala de Estar da Mostra Morar Mais por Menos 2011, foi preservar a arquitetura antiga e marcante do casarão e criar um ambiente mais atual. Como o estar principal já tinha uma identidade visual própria com seus arcos e colunas clássicos, Pedro optou por contrabalançar a força dos elementos arquitetônicos pré-existentes com uma decoração mais moderna, utilizando peças contemporâneas, jogando com formas cleans e trabalhando a cor.
                                                 
A proposta da Mostra Morar Mais por Menos é a economia de recursos e a edição 2011 teve como tema “o chique que cabe no bolso”. Por isso, na execução do projeto, o arquiteto procurou aproveitar, ao máximo, a estrutura do casarão, respeitando a identidade original da residência. O piso em granito foi lixado para se obter um ar mais rústico. Os arcos foram valorizados e destacados por uma nova pintura em tom bege, contrapondo-se às colunas brancas. No centro do living havia uma escadaria com corrimão e guarda-corpos trabalhados em madeira que foram pintados inteiramente de branco. A escada ganhou um toque verde com os vasos de palmeiras, suavizando sua volumetria. O papel de parede foi utilizado para colorir as paredes com rapidez e praticidade.
 
Obras de arte de artistas goianos consagrados também ajudaram a compor a decoração do ambiente. Nomes como Frei Confaloni, Ana Maria Pacheco, Siron Franco, Cléber Gouveia e Poteiro foram escolhidos por Pedro tanto pela beleza de suas obras como pela sua importância na história da arte goiana. Outro ponto que vale destacar é o projeto luminotécnico, onde o arquiteto também aproveitou os pontos pré-existentes. Um exemplo é a régua com spots, disposta em diagonal, que permitiu que fossem iluminados vários elementos na sala, dando destaques a um quadro em particular, a um vaso de plantas e a um móvel. A iluminação indireta ficou por conta dos abajures e de arandelas. Essa releitura do clássico, trabalhado com o contemporâneo, resultou em um ambiente agradável e atemporal.